outubro 12, 2011

Volúvel

Eu que transborda
eu que transforma
as aparências.
O outro me afoga,
ou outro que sufoca,
que racha a máscara.

O eu dos sorrisos
de vidro.
O eu das expressões
congeladas.
O eu que resiste, diante
das agonias silenciadas.

O eu que persiste
é o outro.
O eu que se aceita
não existe.
O eu é o outro
que se permite.

O eu que resiste, inconstante
é o eu que se esconde, do outro
no espelho.
O eu que se vê é inverso,
é o espectro
de todas as cores não reveladas.

Nenhum comentário:

Quem sou eu

Minha foto
Poetisa que não declama e Jornalista nas horas vagas.