Eu que transborda
eu que transforma
as aparências.
O outro me afoga,
ou outro que sufoca,
que racha a máscara.
O eu dos sorrisos
de vidro.
O eu das expressões
congeladas.
O eu que resiste, diante
das agonias silenciadas.
O eu que persiste
é o outro.
O eu que se aceita
não existe.
O eu é o outro
que se permite.
O eu que resiste, inconstante
é o eu que se esconde, do outro
no espelho.
O eu que se vê é inverso,
é o espectro
de todas as cores não reveladas.
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