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Não é uma das minhas canções favoritas da Adele, mas é a que se encaixa nesse nosso pseudo-romance. E nem sei se esse nosso é comum ou só mais um amor inventado.
Vamos dizer que foi difícil reconhecer que algumas borboletas andavam visitando meu estômago - nunca fui muito adepta a clichês, mas você me fez ver uma exceção. Eu passei muito tempo fingindo que não me importava quando diziam que éramos um 'nós'. Passei muito tempo me refugiando em outros abraços, em algumas outras palavras vazias.
E mesmo agora, depois de tanto tempo, ainda sinto aquele constrangimento quando te vejo. Não sei abraçar nem trocar palavras carinhosas, mas me adaptei ao aconchego da tua presença, à intimidade que flui no decorrer da noite.
O calor desse olhar meio escondido.
Não sei se estou imaginando causos, mas sei que fico aqui pensando enquanto tenho medo de buscar a certeza. Por que eu simplesmente não tenho a coragem de te perguntar?
É por que olho seu twitter todo dia, para ver se lembrou de mim?
É por que abro a janela do msn e não arranjo nenhum assunto de desculpa para falar com você?
É por que sonhei você com os braços enlaçando outra, e enlouqueci?
Ou isso é só minha inconstância, que dá e passa?
Não conheço respostas, sei só que gostaria de tentar.
Tenho vergonha de um desabafo que não tem nada a ver com outras pessoas, e me parece que não devo também te incomodar. Talvez seja melhor te ver de longe, buscando uma rota diferente da minha. Esses iguais tão diferentes.
Digo só que vou sentir tua falta.
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