agosto 05, 2010

XI - Inquieto

Quero esquecer de mim
quero emprestar meu tempo
plantar alegrias e distribuir suas sementes.
Rega-las com lágrimas de felicidades, nas horas vagas
e colher os frutos absurdos desta vida.


Quero rir da minha semântica
e não abandonar meus versos a melancolia,
Não quero ser a estrela, mas servir de guia
e estar na sua lembrança, mesmo quando você não sorria.


Quero ouvir um violão de cordas,
tocado por mãos habilidosas
e ouvir sua voz sussurrar palavras, suspirar bossa-nova.
Quero neste instante,
mas o instante já passou, e já não tenho pressa
tenho vícios de momento, e o pedido não mais interessa.
Desde que eu desfrute, dessa tua companhia
e esquecer desse meu inquieto eu, ora essa.


Quero adormecer embalada em braços,
e encontrar o aconchego, nesse teu abraço
tão incerto, mas pelo qual há tanto espero
motivo para tanta ilusão.
Continuo pensando... e andando
se bem me lembro em círculos, às voltas
com a solidão e os pensamentos que sufocam.
Escrevo-os, se bem que nada derrete o gelo
que ameaça dominar este coração.


Sem rumo... as paredes
se movem, mas já não tenho medo.
Com a consciência limpa, então percebo
que nada mais posso fazer pelo meu passado,
e que já não sei o que do futuro, espero.
Sigo uma trilha tão maldita!
de encontro à morte, cruzo à vida
indo...indo ao encontro da escuridão. 

Um comentário:

Anônimo disse...

Liindo D+ seu blog!

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Poetisa que não declama e Jornalista nas horas vagas.